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AGENDE-SE PARA VER EM CASA – 4 sugestões para este final de semana

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Chegou o final de semana. Três dias para ver bons filmes no conforto de sua casa. As dicas de filme em DVD/Blu Ray desta semana são para todos os gostos. Vamos do terror A Entidade (2012), passando pela animação Detona Ralph (2012), o drama histórico Elefante Branco, até o thriller francês O Monge (2011)

Ethan Hawke em A ENTIDADE

Ethan Hawke em A ENTIDADE (2012), de Scott Derrickson

A Entidade (Sinister, 2012. EUA) de Scott Derrickson

Sete anos após O Exorcismo de Emily Rose, Scott Derrickson volta ao gênero horror (depois da frustrada experiência com o sci-fi O Dia em que a terra parou). Estrelado por Ethan Hawke, A Entidade narra a história de Elliot Oswalt (Hawke), um escritor frustrado cujo único livro de sucesso foi o de estreia. Em busca de inspiração para seu novo romance, Oswalt decide escrever sobre um recente caso de assassinato por enforcamento de quatro membros de uma família e o desaparecimento de sua filha caçula. Como se a escolha do tema não fosse sombria o suficiente, o escritor ainda decide arrastar sua própria família de mudança para a casa que serviu de palco no crime.

Explorando os ambientes de sua nova residência, Oswalt descobre (no sótão) uma caixa repleta de filmes 8mm. As películas sem ligação espaço-temporal aparente se assemelham por um elemento: todas elas são testemunhas de brutais assassinatos de diferentes famílias. O que antes parecia ser um crime isolado acaba se somando a uma teia de outros casos semelhantes.

Derrickson se inspira claramente em cults do cinema de horror asiático – tais como Ringu (1998), Kairo (2001) e Espíritos (2004) – para a construção de seu processo metalinguístico em A Entidade. O resultado é um filme cheio de tensão que se redime progressivamente pelo conjunto de suas ferramentas de linguagem (destaque para a fotografia, direção de arte e trilha sonora).

Leia no blog as críticas de A Entidade clicando no nome do autor. Pedro Martins Freire; Pedro Azevedo

Imagem do filme DETONA RALPH

Imagem do filme DETONA RALPH (2012), de Rich Moore

Detona Ralph (Wreck it Ralph, 2012. EUA) de Rich Moore

Detona Ralph tem em seu DNA uma inspiração extremamente Pixariana (se é que essa palavra existe!). Com a recente aquisição da Pixar pela Disney, essa inspiração se faz ainda mais clara. No longa, Ralph é o vilão de Conserta Felix, um jogo de fliperama genuinamente oitentista. Cansado da má fama que adquiriu por sua função, Ralph decide abandonar o jogo e parte em uma jornada de redenção.

Como em Toy Story, onde os brinquedos ganham vida quando seus donos não veem, Detona Ralph parte da premissa de que todos os jogos de fliperama estão conectados e que seus personagens podem intercambiar livremente de um universo pro outro. Repleto de referências a jogos clássicos como Super Mario Bros (aliás, o personagem Félix faz clara alusão a Mario), SonicStreet Fighter, Pac Man, Super Mario Kart entre outros, o filme constrói um complexo universo composto de diferentes sub-universos que se diferenciam pela maleabilidade da direção de arte de Ian Gooding.

A Pixar parece estar tomando o sentido inverso. Em Valente vemos a disneyzação da Pixar, já em Detona Ralph o que acontece é a pixarização da Disney. Vai entender essa indústria maluca.

Leia no blog a crítica de Detona Ralph por Ailton Monteiro

Jérémie Renier e Ricardo Darín em ELEFANTE BRANCO

Jérémie Renier e Ricardo Darín em ELEFANTE BRANCO (2012), de Pablo Trapero

Elefante Branco (Elefante Blanco, 2012. Argentina) de Pablo Trapero

Com apenas 42 anos de idade, Pablo Trapero é dono de uma invejável filmografia, na qual estão presentes os excelentes  Abutres (2010), Leonera (2008) Nascido e criado (2006). Estrelado por Ricardo Darín, por Jérémie Renier e pela esposa do cineasta  Martina Gusman, Elefante Branco se inspira no assassinato do padre argentino Carlos Mugica para contar a história de Julián (Darín), um missionário da igreja católica envolvido em trabalhos de cunho social nas favelas de Buenos Aires. Com os principais objetivos de afastar a juventude do consumo de drogas e da construção de habitações populares em áreas de risco, o padre acaba se envolvendo no engodo burocrático e violento que é o encontro da religião com a política.

Em contraponto à presença do personagem vivido por Darín, é apresentado o padre francês Nicolás (vivido por Jérémie Renier), um jovem missionário escalado por Julián para colaborar em sua causa. Desacreditado do trabalho que realiza e na fé de seu credo, Nicolás exerce uma função de contrabalanço dual extremamente interessante na narrativa de Elefante Branco, fazendo par oposto com o personagem de Darín. Trapero trabalha com discursos de crítica sociais extremamente fortes ao passo que mergulha na psiquê de seus personagens. Imperdível.

Vincent Cassel e Dominik Moll nas filmagens de O MONGE

Vincent Cassel e Dominik Moll nas filmagens de O MONGE

O Monge (Le moine2011. França) de Dominik Moll

Exibido na edição do ano passado do Festival Varilux de cinema francês, O Monge, estrelado por Vincent Cassel, foi um dos filmes mais estranhos e instigantes ao qual tive a oportunidade de assistir em 2012. Narrando a história de Ambrósio, desde o abandono na porta do mosteiro quando bebê até a sua ascensão como líder espiritual, o longa dirigido pelo controverso Dominik Moll estuda a natureza da fé e a fatal constatação da existência do mal.

Baseado no romance homônimo de Matthew Gregory Lewis, O Monge transita entre o drama histórico e o horror enquanto não desgruda em momento algum do seu verdadeiro objetivo: o estudo de personagem. A fé de Ambrósio é colocada em xeque a todo momento, seja pelos frequentes conteúdos oníricos que o atormentam ou pela tentação sexual dividida entre duas mulheres: uma virginal e outra diabólica. O diálogo religioso que o filme traz a tona, e que remonta o eterno impasse do homem do século 17, é pertinente e muitíssimo bem construído. O Monge é uma ótima pedida pra quem quer sair da zona de conforto e assistir alguma coisa diferente… E desafiadora…

Veja o trailer de O Monge.

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

 

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